Beirute, Baalbek, Petra

No final da Idade do Bronze, por volta de 1200 a.C., uma era de prosperidade se instaurou no Mediterrâneo Oriental. Atividades como a agricultura, o pastoreio e o artesanato geravam cada vez mais excedentes à espera de canais de escoamento. Esta riqueza, por sua vez, gerava a demanda por produtos de luxo, que quase sempre tinham que ser trazidos de muito longe. As duas coisas juntas propiciaram uma aguda aceleração nas trocas comerciais. Rotas, que antes se limitavam a circuitos regionais, passaram por um processo de rápida expansão.

Primeiro, os mercadores conquistam os mares. Surgiram embarcações construídas com técnicas novas, que estabeleceram conexões regulares entre Creta e o Egito, ou entre as ilhas gregas do Egeu, a Ásia Menor e a Síria. Logo em seguida, por volta do ano 1000 a.C., outra inovação crucial ampliou ainda mais as possibilidades de comércio. No norte da Península Arábica, em algum lugar entre a Arabia Saudita e a Jordânia atuais, tribos beduínas aprenderam a domesticar um deselegante, porém resistente tipo de quadrúpede – o camelo. É curioso que, em árabe, o animal costuma ser chamado ainda hoje de safinat al-sahra (“navio do deserto”). De fato, áreas antes impenetráveis passaram a ser percorridas por assíduas caravanas, que iam e vinham carregadas de mercadorias.

Surgia agora um mundo novo, onde a economia deixou a subsistência para trás e se transformou numa realidade definida pela ideia de circulação. Foi para conectar a produção e o consumo de terras distantes entre si que surgiram culturas especializadas em fazer negócio. Gente como os fenícios e os nabateus foram imbatíveis na arte de vender e de comprar, fundando autênticas “Civilizações Comerciais”.

O ciclo, focalizando a arte da troca e do lucro que definia aqueles povos, examina algumas das mais extraordinárias ruínas do mundo antigo – como Tiro, Sidon, Biblos, Baalbek e Petra.

Docente: Plinio Freire Gomes

É autor de O herege vai ao paraíso (Companhia das Letras). Graduou-se e fez mestrado em história, na Universidade de São Paulo. Viveu durante quase duas décadas no exterior, entre a Europa e o Oriente Médio. Lecionou no Masp, Mam, Casa do Saber, Centro Universitário Maria Antonia e Instituto de Cultura Árabe. Há cinco anos coordena o grupo de estudos em arte na Biblioteca do Masp, atuando também como membro fundador do coletivo Lente Cultural, na Livraria Martins Fontes. Atualmente apresenta conferências e cursos sobre história da arte, com foco nos períodos helenístico, romano e renascentista, mas sua principal área de atuação é a cultura islâmica. Participa ainda de viagens de estudo em países como Itália, Espanha, Marrocos, Irã, Síria, Líbano, Turquia, Índia, China e Japão.

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